Aluguel ou Financiamento de Imóvel? Leia isto antes de decidir.

Existem muitas dúvidas que pairam sobre nossas mentes quando o assunto é a compra do imóvel dos sonhos. Financiamento, parcelas, juros, taxas, etc. Por isso, a decisão precisa ser acertada e segura, afinal, são anos pagando prestações para uma instituição financeira. Já pensou em quantas prestações de aluguel já pagou durante sua vida?

Pense agora em quanto dinheiro você pode ter desembolsado em algo que não é seu, sustenta outra família e ainda sofre aumento todos os anos. Pois bem, você pode ter desembolsado mais de R$ 1 milhão para morar nesse imóvel! Impressionante, não é mesmo?

Por isso, preparei um relatório analítico fundamentado em dados do Banco Central do Brasil (BACEN), Fundação Getúlio Vargas, IBGE, FIPE, a Planilha do Primo Pobre e outras instituições de dados e informações da economia brasileira. Então, eu reuni tudo e alinhei com a teoria econômica, conhecimentos em análises macro e microeconômicas e escrevi esse blog, a fim de orientar você e sua família no difícil processo decisório de comprar seu imóvel. 

Boa leitura!

Em um cenário onde uma família possui uma renda bruta mensal de R$ 6.000 e desembolsa R$ 1.500 em aluguel a cada mês, é crucial examinar as implicações financeiras ao longo do tempo. Considerando um período de 360 meses, essa família terá desembolsado impressionantes R$ 1.014.417, levando em conta a meta da taxa de inflação projetada pelo BACEN para 2024, fixada em 3,91% ao ano. Essa cifra abrange não apenas o aluguel, mas também projeções de seguros e outras despesas vinculadas a contratos de locação.

Por outro lado, ao optar por adquirir um imóvel de R$ 250.000 pelo programa Minha Casa Minha Vida e efetuar pagamentos iniciais conforme a tabela SAC (Sistema de Amortização Constante) no valor de R$ 2.082, seguidos por prestações finais de R$ 587, a família pagaria um total de R$ 480.409 em juros ao longo do financiamento. Surpreendentemente, essa cifra representa uma economia substancial, já que considerando o aluguel, essa mesma família pagaria 111% a mais com o aluguel, comparado ao financiamento. Ao utilizar a tabela PRICE, como segunda opção, as despesas com aluguel se elevam em 58,9% em relação ao financiamento. 

É importante ressaltar que essas projeções são baseadas na taxa de juros anual projetada pelo BACEN (meta de 2024), sem considerar possíveis variações ao longo do ano e presumindo que os preços dos aluguéis não ultrapassem a taxa de inflação prevista. Além disso, incluí uma estimativa do Custo Efetivo de Transação, atingindo, de 9,51% para a tabela PRICE a 9,89% para a tabela SAC, representando a soma de juros e todas as despesas associadas ao financiamento.
Em todos os cenários analisados para um período de 360 meses, fica evidente que a família pode desembolsar um valor muito superior em juros e despesas de aluguel (entre 58% e 111%), quando comparado à opção de financiamento para adquirir um imóvel no cenário mais pessimista possível.

Não levei em conta a inflação atual do período de 2023 que fechou o ano em 4,62%, ao ano, o que elevaria as despesas com aluguel a um valor ainda maior. Isto é, morando de aluguel por 30 anos sua família e você podem desperdiçar em torno de R$ 33.814 por ano ou R$ 2.818 por mês, em média. 

Em uma simulação no site do Tesouro Direto, utilizando uma opção mais conservadora, o Tesouro Prefixado com juros semestrais, com resgate em 01/01/2033, cujo investimento inicial e aportes mensais eu fixei em R$ 1.500, no ano de resgate, eu resgataria R$ 239.301,07 já descontada a Custódia da Bolsa e o Imposto de Renda.



Gosto muito de utilizar a planilha do Primo Pobre, uma das melhores que já encontrei e cheguei ao seguinte resultado: enquanto o custo do Financiamento pela tabela PRICE se mantém constante ao longo de 10 anos, no mesmo período, a tabela SAC, embora descendente e iniciando em um valor alto, comparadas ao aluguel, as tabelas se mostram muito mais eficientes. Ou seja, o aluguel se mantém em elevação, isto é, as correções das parcelas de aluguel são muito superiores àquelas do Financiamento Imobiliário. Conclusão: pagando aluguel, você está gastando muito mais correções, em outras palavras: juros mais altos. 

A pergunta que surge é: vale a pena continuar pagando aluguel?

Faça uma simulação de financiamento e descubra seu poder de compra hoje mesmo!

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